Mais do que nunca o que se fala nesta sociedade capitalista é em oportunidades, oportunidades de formação para um novo emprego, ou até mesmo para o primeiro emprego, oportunidades de melhoria econômica, opotunidades de encontrar um grande amor, oportunidades de adquirir àquele produto dos sonhos, e importante para pagar em prestações a perder de vista, bom ....mas, quem convive comigo sabe que estou aproveitando uma oportunidade onde em fim consegui um dinheirinho para tirar minha carta de habilitação. Fui ao detran fazer o pré-cadastro, cheguei atrasada quase que não consigo, porém uma alma caridosa me deixou entrar junto com o próximo grupo, por que lá no detran você marca um horário para ser atendido se por acaso perde esse horário, terá que marcar um novo dia para fazer o pré-cadastro, verdade é que tive muita sorte em encontrar um filho de Deus que me deixou corta fila, é feio eu sei, mas fazer o que, é longe pra caramba...rs.. Enfim o fato que gostaria de compatilhar aqui, não é a questão da minha carta de habilitação e sim o que aconteceu na volta pra casa.
Estava eu no metrô em direção à Sé para pegar o próximo em direção ao Corinthians - Itaquera, por que precisava estar na escola exatamente as 13hs e 00 minutos, mas ainda estava cedo ....já que sai do Detran as 09:30 da manhã.... foi bem rápido... mas algo me chamou atenção minutos antes de desembarcar na Sé, um senhor de aparentemente 80 anos, com visão quase nula e dificuldade de locomoção deixou cair o jornal, uma jovem a minha frente do lado do senhor pegou o jornal e estendeu para que ele o pegasse, mas ele não se mexeu continuou a olhar fixamente a porta até que ela disse: - Senhor seu jornal! O homem agradeceu e disse que não tinha boa visão. Eu fiquei observando aquele pobre homem sozinho naquelas condições, e o fato de ter uma multidão a espera de sair do metrô fiquei preocupada e se o derrubassem seria um desastre, quando a porta se abriu eu sai e ouvi: - Por favor alguém me de a mão! Disse o homem.
Eu me virei estendi a mão e ele agradeceu e saiu do metrô com dificuldade, logo perguntei:
- O senhor vai pra onde?
Ele respondeu:
- Vila Matilde.
Iriamos então pelo mesmo caminho, me dispus a ir com ele, segurou no meu braço subimos a escada rolante e caminhamos até a plataforma, iamos conversando e me contava que adorava a natureza, tinha um monte de cachorros e que se sua visão fosse perfeita continuaria a trabalhar, mas mesmo assim debilitado gostava de andar pela cidade, perguntei se não tinha medo de sair sozinho, porém me respondeu, que não gostava de incomodar ninguém e preferia a bondade de estranhos que a companhia forçada de parentes.
Durante a viagem fomos conversando eu o olhava e pensava no meu pai, jamais deixaria meu pai sair sozinho naquelas condições, ao chegar na vila matilde o ajudei a sair do metrô e perguntei como chegaria em casa, ele respondeu que alguém o levaria até a plataforma onde pegaria um ônibus até sua casa, que daria por volta de 5 minutos, ele desceu e de fato um policial parado na plataforma o encaminhou até escada, e dali iria até a plataforma de ônibus que o levaria até sua casa.

Por pequenas oportunidades que apareceram peço a Deus que não perca tais oportunidades de ser feliz.
A felicidade não está no ter, mas no ser.
Desejo que hoje haja no seu dia preciosas oportunidades.....
FERNANDA OLIVEIRA