sábado, 9 de julho de 2011

Matadores de sonhos e o poder da palavra

Quem nunca sonhou? Quantos sonhos nos movem e nos impulsiona a seguir em frente, ou a buscar algo em frente.
Nestes últimos anos tenho percebido em meu caminho palavras e atos de algumas pessoas que vem me incomodando bastante, e para compartilhar tais posturas gostaria de comentar dois filmes o primeiro é uma animação que foi lançada em 2009 com a direção de Eduardo  Schuldt sob o título "O golfinho - A história de um sonhador." que conta a história de Daniel um golfinho que morava num recife como sua família, e que sonhava conhecer o mar aberto, após muita resistência por parte dos mais experientes que afirmavam não ser uma boa idéia sair de um lugar tranquilo e seguro para se arriscar em mar aberto, mas Daniel era movido de uma grande inquietação e uma noite ele conseguiu seguir rumo ao seu sonho, rumo ao mar aberto. Neste caminho muita coisa aconteceu, encontrou amigos conheceu lugares e também encontrou  resistências, sim mesmo depois de estar longe dos seus, alguém na estória perseguiu Daniel tentando roubar-lhe.
Roubar o que de um pequeno golfinho? Pois é Daniel foi perseguido por um caçador de sonhos um animal que a princípio não se percebe que espécie pertence, um animal deformado e asqueroso que suga os sonhos dos pequenos e grandes animais do mar, roubar os sonhos significava à ele alimentar-se, esse animal se alimenta de sonhos e se mantinha cada vez mais poderoso.
Mas ao término do filme logicamente nosso herói vence. E além de salvar seus sonhos salva também o próprio caçador de sonhos, descobre que ao se ver frustrado por não conseguir realizar seus sonhos esse animal impede os outros de realizá-los , numa atitude mesquinha e individualista ele se transformou num ser horrível e insaciável. Todo esse relato é para subsidiar alguns fatos, atitudes e palavras que presenciei: acontecimentos de pessoas que consciente ou até mesmo inconscientemente matam e destroem sonhos, no meu caso ouvi de uma professora frases como: “Não, não façam isso é muito difícil, não dá pra vocês”. Outra fala foi sobre a apresentação de seminários que ela afirmou que não sabíamos fazer, e ainda a ouvi dizer a algumas meninas que almejavam fazer psicopedagogia que muita gente visa fazer esse curso na intenção de abrir clínica quando na verdade isso é quase impossível, pois não há clientela suficiente.
Eu sei que realmente alguns caminhos são difíceis, mas a impressão que tivemos foi que éramos incapazes de tais realizações; poxa vida, por mais que seja difícil não se pode destruir os sonhos de ninguém, isso é cruel, e o interessante é as palavras tem o poder de erguer ou derrubar alguém, se essa pessoa não tiver a convicção suficiente para correr atrás do seu sonho esses caçadores de sonhos conseguiram sugam e acabar com as possibilidades de se tornarem real, o caçador de sonhos não foi apenas o grande animal que perseguiu Daniel, mas mesmo àqueles que faziam parte do grupo tentaram sugar e convencer Daniel que o melhor lugar era a segurança de seu lar, um dia eu ouvi do Fábio de Melo uma frase, não sei se dele, mas o citarei " O risco tem dois resultados o fracasso ou o sucesso, sem risco não há fracasso, mas também não há sucesso".
Ontem pela segunda vez assisti a um filme chamado À PROCURA DA FELICIDADE, foi lançado 2006, um drama que tem em seu elenco como personagens principais Will Smith (Chris Gardner)e  Jaden Smith (Christopher) que interpreta seu filho no drama.
 Comoveu-me a parte do filme em que o personagem de Will joga basquete com seu filho, e o menino adora basquete, e sonha em ser um grande jogador, mas seu pai diz a ele que não terá grande futuro no esporte e o menino diz: Tudo bem pai. E joga a bola para lado, para e olha o horizonte triste e abatido. Seu pai sensível percebe a besteira que fez e diz: - Filho não deixe ninguém acabar com seus sonhos, ninguém, não deixe ninguém dizer que você não pode, não desista antes de tentar, não desista de nada por pessoas que dizem que você não pode, nem mesmo eu.
Que nasçam cada vez mais sonhos, que consigamos ser convictos dos nossos ideais, e que nenhum caçador nos alcance, e se alcançar não nos roubará e algo importante que não sejamos nós caçadores de sonhos.
Que novos sonhos nasçam e que haja novas possibilidades.

                                                                                              FERNANDA OLIVEIRA  
  

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